LAÇOS DE FAMÍLIA



FOI QUE A MINHA HISTÓRIA COMEÇOU.


ORIGENS:


A 8 de novembro de 1860, nascia em São Paulo, o ilustre paulista Eduardo Prates, mais tarde Conde de Prates, filho do Dr. Fidêncio Nepomuceno Prates e de Dona Inocência da Silva Prates, filha do Barão de Antonina.


Sentindo muito cedo pendores e inclinação pela vida comercial, devotou-se do ramo dos negócios ao qual emprestou o seu espírito dinâmico e a sua invulgar capacidade de trabalho.


Desposando a senhora Antônia dos Santos Silva, de velha estirpe paulista, depois Condessa de Prates, filha do Barão de Itapetininga e da Baronesa de Tatuí, família das mais nobres e honrosas tradições brasileiras, o Conde alargou o seu campo de atividades, tornando-se adiantado agricultor e diligente pecuarista.


Pelo seu espírito empreendedor, pelo seu esclarecido tino comercial, por seus marcantes sentimentos altruístico e pelo elevado porte moral de sua personalidade, tornou-se um dos vultos mais respeitáveis e preeminentes de sua época. Se a sua inteligência e capacidade se voltaram para o mundo dos negócios, os seus elevados sentimentos foram consagrados aos desconhecidos e pequeninos a quem sempre generosamente amparou.



Fidalgo e nobre, bom e generoso, patriarca de uma das famílias de mais ricas e respeitáveis tradições de nossa sociedade, foi também o Conde de Prates um paulista autêntico que, com fibra patriótica, amou profundamente a sua terra ligando-lhe o nome aos maiores e mais significativos acontecimentos de seu tempo. A nobreza e a solenidade de seu porte, a fidalguia de seu trato, o título nobiliárquico de que era portador e sua decorosa seriedade que obrigava ao respeito, fizeram-no pontificar-nos mais expressivos meios sociais e econômicos de São Paulo.

Conde de Prates foi um incansável semeador de bondade e um infatigável impulsionador de relevantes empreendimentos. Possuidor de fartos recursos, não obstante absorto pelas imensas responsabilidades de suas empresas e pelo destaque das posições a que freqüentemente era guindado tinha como suprema aspiração socorrer àqueles que se valia de sua desmedida generosidade.



Banqueiro, capitalista, comerciante e lavrador, de beleza rara foram, porém os seus gestos de filantropia e humanidade.



Na história de São Paulo, erigem-se vultos extraordinários, entre os quais fulgura o do Conde de Prates cuja existência foi um marco luminoso e um exemplo edificante às gerações que o vêm sucedendo.



Para se tracejar o perfil da alma nobre do insigne e saudoso paulista, bastaria dizer-se que os episódios mais empolgantes de sua vida foram àqueles em que deu muito de si e do que era seu aos que nada tinham ou pouco podia esperar. Não obstante ocultar o bem que fazia e refugiar-se na mais encantadora e escrupulosa simplicidade os seus benefícios e generosos donativos não conseguiram ficar para sempre no obscurantismo. Eis porque o Papa Leão XIII houve por bem conceder-lhe o honorífico título de Conde e de Condessa à sua esposa.

A dignificante honraria pontifícia foi à solene gratidão da Igreja Católica aos excelsos sentimentos de bondade e de caridade cristã do magnânimo e ilustre casal. Não é fácil reconstruir em palavras, uma vida tão intensamente profícua e tão pontificada dos mais assinalados serviços ao bem comum.





  1. Membro da 1ª Comissão Fundadora da nova Sé Catedral Metropolitana de São Paulo em 1912 recebeu o título de grande benemérito.
    Apostolando o amparo à pobreza, não foi, todavia insensível ao sofrimento físico de seus semelhantes. Exerceu a verdadeira caridade ao ser por longos anos generoso Mordomo da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a mais santa de todas as casas depois da Casa de Deus.

    Recebeu também ele o Título de Comendador Loco tenente da Ordem Eqüestre do Santo Sepulcro de Jerusalém.

    Ø Foi fundador e Presidente do Banco de São Paulo que ainda hoje opera e prestigia os meios financeiros da Capital.

    Ø A Companhia Paulista de Estradas de Ferro, a mais perfeita organização do gênero na América Latina, teve-o por muitos anos como seu Vice-Presidente e Diretor.

    Ø Fundou e foi Presidente da Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo e de muitas outras empresas, tais como, a Companhia de Minerais Santa Rosa, a Companhia Pastoril de Barretos, a Companhia Paulista de Navegação e a Associação Comercial.
    Ø Em 1911, fundou a 1º Presidente da Sociedade Hípica Paulista que cultiva o mais elegante e aristocrata dos esportes. Devotado à sua terra, o Conde de Prates contribuiu decisivamente para o seu engrandecimento e vertiginoso progresso.
    Homem de admirável visão, de experiência objetiva, as suas expansões foram sempre de grande alcance o que o levou a transformar a sua propriedade agrícola naquele empolgante cenário de beleza e de produtividade.

    Filho de família riograndense, sendo seu pai o Dr. Fidêncio Prates, médico doutorado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e sua mãe D. Inocência da Silva Prates, filha dos Barões de Antonina, desde logo se manifestou Eduardo Prates infenso à política em que, naturalmente, teria feito carreira, visto como seu pai fôra por duas vezes deputado pela Assembléia Geral na Legislatura do Império.

    Era costume no tempo da monarquia, transmitir aos filhos essas posições representativas, de modo a se manter a tradição da família de co-responsável na administração pública. Esse desinteresse pela política ele a comprovou quando, por ocasião da proclamação da República, a sua projeção social em nosso meio, guindar-lhe-ia facilmente aos mais altos postos já por si e pelo fato de ser primo-irmão de um prócer da nova situação, de grande prestígio no Rio Grande do Sul em todo o país, o estadista até hoje lembrado com respeito que foi Julio Prates de Castilho.

    Maria Eudoxia Prates, filha de Eduardo Prates se envolveu com Nicola Mascherpa, jovem imigrante (Piemontês) que trabalhava na companhia paulista de estradas de ferro, fugiram e como naquele momento para se casar com os nobres eram oferecidos dotes, ela então minha bisavó foi deserdada.

    Oleana Mascherpa Tlusty filha de Maria Eudoxia Prates e Nicola Mascherpa (Piemonte – Itália) casou em Dezembro de 1929 com o Sr. Venceslau Tlusty Jr. Filho de Maria Kabelka Tlusty e Venceslau Tlusty, casal de origem tcheca.
    Seu primeiro filho Venceslau Wilson Tlusty. Meu pai, comprador da Ericsson por 9 anos, se tornou comerciante e depois empresário.

    Gostava de estar sempre em contato com a natureza, teve durante anos um sítio na cidade de Santa Branca que vendi em Dezembro de 2004, por eu acreditar que teria dificuldades manter as terras visto que eu morava na zona oeste de São Paulo.

    Foi membro do círculo esotérico por mais de 30 anos e aos 70 anos de idade recebeu convite de um conhecido da loja de São Miguel para fazer parte da maçonaria, chegou ir à loja algumas vezes, mas desistiu por temer algo que intitulava como desconhecido. Faleceu aos 72 anos.


    Obs.:
    Herói Jan Tlusty, jovem revolucionário de ideais raramente vistos, que se sacrificou em nome da evolução. Com a coragem e espírito de sacrifício do jovem Jan.

    Tlusty era um jovem estudante de ideais fortes. Não queria deixar o invasor soviético violar a liberdade do seu país assim, sem resistência, a nação Tcheca teria sido província da Alemanha ou da Áustria, mas é um país onde as tradições são para se manter.

    Por essas razões, o jovem Tlusty revoltou-se contra os ocupadores soviéticos, apeou fogo em seu próprio corpo na Praça Václav, a principal de Praga, em sinal de protesto contra os invasores.

    Atualmente é tido como herói nacional, tem seu monumento na Praça de São Venceslau que é o padroeiro do País.

    Sônia Furlanetto.

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