Mogi das Cruzes




Mogi das Cruzes é uma cidade gostosa de viver, pelo ar, para dormir, pela temperatura, as montanhas que cercam a cidade, o bairro que moro, as flores em especial as rosas e orquídeas, são tantas, ou seja, a qualidade de vida aqui é muito maior e atualmente 8 km significa um enorme trajeto.
Imaginem meus amigos de São Paulo, você caminhando na Paulista e encontrar em cada quarteirão uma pessoa conhecida, desde filhos a pessoas que te conhecem, mas você não faz a menor idéia de onde conhece.
Uso a minha estratégia paulistana básica... Passeio no shopping olhando para as lojas, não olho para as pessoas, o mesmo faço no calçadão do centro ando olhando para lojas que procuro algo, nunca para as pessoas.
Mas a cultura é completamente diferente de São Paulo, é praticamente zona leste da cidade, e não tem nada a ver.
Primeiro que aqui existem os ricos e os pobres, classe média é nada em Mogi das Cruzes, e percebo que algumas pessoas correm desesperadas nessa cidade para fazer parte dessa tal socialite mogiana de forma impressionante, aqui existem os nomes tradicionais que nós nunca ouvimos.
Outra coisa que me incomoda é o tempo ocioso da maioria das pessoas que propicia a maledicência, minha sogra diz que “cabeça vazia é oficina do diabo”, ela está certa.
Imagine que em uma hora atravessamos a cidade inteira em horários de pico. Logo sobra muito tempo para muitas pessoas por aqui. Muitos não estudam, trabalham em lojas ou algo assim não percebo muitas pretensões de crescimento intelectual.
Outros ficam felizes em arrumarem um cabide de emprego o que gera para muitos o ápice, ganhar 1.500,00 por mês significa o ápice profissional.
Aqui existem as mulheres que já passaram por uns 8 casamentos, que ouvimos com uma certa freqüência que roubaram o marido da melhor amiga, as piriguetes e as tradicionais que mantêm seus casamentos.
Por aqui ou vamos à missa, ou a igreja evangélica, ou ao clube da cidade, o transito é outro problema, nunca sei o que é preferencial porque é diferente de São Paulo.
Nomes de ruas também não decorei porque as pessoas explicam como fazemos para chegar falando as referencias, o que dificulta guardarmos os nomes das ruas, sei chegar mas não sei explicar é mais ou menos isso que me acontece, porque aqui falamos sobre a curva do mizuta, a rua dos bancos, a rua do Spani, fica próximo ao shopping.
Ouço com muita freqüência a pergunta “NA ONDE?”, e os termos “pior”, só por Deus e eu pego bem com tal coisa, ou eu não pego bem!
Muitas informações, muitas diferenças, muitas coisas boas mas outras que são intragáveis, pessoas que se dizem usando marca, mas uma marca sem marca que em São Paulo não existe nos shoppings.
Assim é Mogi das Cruzes vista do lado de fora, mas um lugar gostoso de viver.

Sônia Furlanetto


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