QUANTO MAIS LEIO MENOS ACREDITO

SEXUALIDADE – ADÃO E EVA – MARIA MADALENA – APOCALIPSE E PROFECIAS

Quanto mais leio a respeito, menos acredito em obras do sobrenatural como influencia para a destruição da terra.
Penso também no quanto o ser humano é onipotente e aguarda pela sua derrocada se esquecendo em forças da natureza. No tempo geológico.
Pôr Sônia Furlanetto


Michel Foucault nos anos 1970 insistiu muito no papel da confissão como uma técnica específica, poderíamos dizer, como um dispositivo de construção da verdade e do indivíduo. "Desde a Idade Média, pelo menos" - ele escreveu no primeiro volume de sua História da Sexualidade - "as sociedades ocidentais colocaram a confissão entre os rituais mais importantes de que se espera a produção da verdade."*1 Com efeito, nossa sociedade está marcada pela confissão e isto, nota ainda Foucault, não apenas no âmbito religioso e jurídico, mas também "na medicina, na pedagogia, nas relações amorosas, na esfera mais cotidiana e nos ritos mais solenes; confessam-se os crimes, os pecados, os pensamentos e os desejos, confessam-se passado e sonhos, confessa-se a infância; confessam-se as próprias doenças e misérias; emprega-se a maior exatidão para dizer o mais difícil de ser dito; confessa-se em público, em particular, aos pais, aos educadores, aos médicos àqueles que se ama; fazem-se a si próprios, no prazer e na dor, confissões impossíveis de confiar a outrem, com o que se produzem livros".*2 A confissão se tornou tão essencial dentro de nosso regime de construção da verdade que, quando ela não é espontânea, é arrancada pela tortura. Em um tom que não deixa de ser muito nietzschiano, Foucault sentenciou: "O homem, no Ocidente tornou-se um animal confidente."*3 O importante, no nosso contexto, é destacar que para este autor esta virada confessional do homem ocidental teve profundas consequências na literatura. Para ele, a partir de então passamos da tradição da narrativa que apresentava provas de bravura ou de santidade, para uma literatura que tem como fim a apresentação de verdades escondidas dentro dos indivíduos. A confissão tem um efeito de verdade.
A confissão foi introduzida pelo Concílio de Latrão em 1215. Ela está de certo modo na origem dos tribunais de Inquisição e, por outro lado, seu desenvolvimento como dispositivo de construção da verdade foi paralelo ao recuo de provações de culpa, como o duelo. De certo modo este modelo de verdade - Foucault bem o sabia - não foi uma criação medieval, pois já pode ser encontrado nos primórdios do Ocidente. Mas foi a partir de então que a confissão tomou o lugar que de certa maneira mantém até hoje. No limite, Foucault faz da confissão cristã uma espécie de Urphänomen, protofenômeno, da psicanálise.
Mas existe também outro dispositivo, próximo ao de confissão mas distinto, o de testemunho, que Foucault não explora ou subsume àquele. Para entendermos a complexidade das manifestações simbólicas que se estruturam a partir da elocução do eu e nos aproximarmos do modelo de verdade calcado no segredo dos indivíduos, o conceito de testemunho é no mínimo tão importante quanto o de confissão. Na cena do tribunal - que de certa forma é o local paradigmático da confissão - ouvimos também os testemunhos daqueles que viram o ato que está sob a lupa do julgamento. Em resumo, o réu confessa, as testemunhas testemunham, assim como, no registro religioso, testemunhamos nossa fé e confessamos nossos pecados. Existe também uma relação de complementaridade entre um gesto e outro, como lemos na definição de confissão do Houaiss: "revelação, diante de testemunha(s) privada(s) ou pública(s), que alguém faz de um ato censurável que cometeu." Mas o testemunho deve ser entendido tanto como a apresentação do ponto de vista de um terceiro - terstis -, de onde se deriva a noção latina de testis, testemunho jurídico que se quer objetivo, como também deve ser abordado como a tentativa de se apresentar uma experiência que resiste a esta apresentação. O testemunho neste segundo sentido sofre um deslocamento da elocução da verdade para a própria pessoa que testemunha. Passa-se do testemunho pretensamente objetivo, para a subjetividade da testemunha. Ela é, como notou Benveniste, superstes, testemunha sobrevivente.*4 Ela tenta apresentar o real, a saber, o que escapa ao simbólico, mas esta apresentação é sempre também apresentação da impossibilidade de se apresentar. O testemunho está submetido ao double bind de sua simultânea necessidade e impossibilidade. É verdade que, apesar de testemunho e confissão serem distintos, podemos dizer que no ato de confissão encontramos também testemunhos e não se pode descartar a possibilidade de em meio a um testemunho brotar uma confissão. E mais, ambos, como são lançados paradigmaticamente na cena do tribunal, têm a ver com culpa e culpabilização, ou com inocência. Deste modo, a ideia de justiça é a força motriz que está por detrás tanto da confissão, como do testemunho. Uma justiça que paira como uma possibilidade de redenção: dos males, das culpas, dos pecados, como uma purificação catártica, que leva o julgado a uma nova vida. Tanto o testemunho como a confissão visam o veritatem facere - trata-se de uma troca de apresentação da nudez, do pacto e do preço da nudez: colocamo-nos nus diante Dele para que Ele mostre a verdade nua. A nudez volta-se a uma outra nudez.1 Para Santo Agostinho a confissão implica o desnudar-se diante de Deus. A verdade aqui é também a da cena do tribunal: a autoapresentação visa um testemunho, apresentar a vida para voltar à vida (revixit). "Acusa-te, glorifica-o", escreve Santo Agostinho. Nesta cena o dentro volta-se para fora. Pois, como Derrida recorda a partir de Santo Agostinho, a confissão apresenta não apenas o que sabemos de nós, mas também aquilo que ignoramos.*5 O escondido, o esquecido, vem à tona: Unheimlich (o estranho, sinistro). A palavra da confissão é sempre palavra de "conversão": de circonfissão, dirá Derrida; é palavra-ação, ato de différance, momento de crise, transbordamento, metamorfose, diríamos depois de Kafka.
Diferente das várias mitologias, os assuntos narrados na Bíblia e no Torá são geralmente ligados a datas, a personagens ou a acontecimentos históricos (de fato, vários cientistas têm reconhecido a existência de personagens e locais narrados na Bíblia e no Torá, que até há poucos anos eram desconhecidos ou considerados fictícios), apesar de não confirmarem os fatos nela narrados, por outro lado, comprovando que aconteceram de alguma forma.
Os judeus acreditam que todo o Velho Testamento foi inspirado por Deus e, por isso, constitui não apenas parte da Palavra Divina, mas a própria palavra. Os cristãos, por sua vez, incorporam também a tal entendimento os livros do Novo Testamento.
Os ateus e agnósticos possuem concepção inteiramente diferente, descrendo por completo dos ensinamentos religiosos.
Tal descrença ocorre face ao entendimento de que existem personagens cuja real existência e/ou atos praticados são por eles considerados fantásticos ou exagerados, tais como os relatos de Adão e Eva, da narrativa da sociedade humana ante-diluviana, da Arca de Noé, o Dilúvio, Jonas engolido por um "grande peixe", as Pragas do Egito, a travessia do Mar Vermelha, Sodoma Gomorra e as estátuas de Sal, etc.
A hermenêutica, uma ciência que trata da interpretação dos textos, tem sido utilizada pelos teólogos para se conseguir entender os textos bíblicos.
Entre as regras principais desta ciência encontramos:
1. O texto deve ser interpretado no seu contexto e nunca isoladamente;
2. Deve-se buscar a intenção do escritor, e não interpretar a intenção do autor;
3. A análise do idioma original (hebraico, aramaico, grego comum) é importante para se captar o melhor sentido do termo ou as suas possíveis variantes;
4. O intérprete jamais pode esquecer os fatos históricos relacionados com o texto ou contexto, bem como as contribuições dadas pela geografia, geologia, arqueologia, antropologia, cronologia, biologia, etc.
UMA OBRA PURAMENTE HUMANA
ERROS EM GÊNESIS:
Adão, Eva, Caim e Abel. Na terra existiam 4 seres. Caim matou Abel, foi expulso por Deus, e na suas andanças acabou encontrando uma mulher e com ela coabitou e teve filhos. Como seria isso possível se só existia ADÃO E EVA na face da terra?

Deus criou as plantas antes do Sol, isso seria impossível, porque a fotossíntese não seria possível.
Deus criou os luzeiros (estrelas) do céu, e só depois criou o Sol, mas o SOL é um luzeiro.
Deus separou as águas de cima das águas de baixo. Isso para explicar as águas da chuva, pois era desconhecida a evaporação, a condensação e o vapor voltando a ser água.
Porque a Bíblia desconhece os dinossauros, afinal eles são uma evidência científica.
Segundo cálculos náuticos a construção de uma Arca para suportar tal missão, nos dias de hoje seria uma tarefa de alta tecnologia, como realizar então uma construção em madeira para uma época tão primitiva.
Embora todos os experts, como historiadores, arqueólogos, metereologistas concordem que se houvesse possibilidade de chover ao mesmo tempo em toda a terra, o nível da água em todo o globo subiria em média apenas 5 centímetros, mesmo que alguns lugares ficassem submerso. Depois disso não haveria mais nuvens, porque precisaria existir o processo natural de evaporação. Por essa razão dentro da naturalidade é impossível existir um dilúvio como o descrito na bíblia e em outros povos.
A IMPORTANCIA DA BÍBLIA E DO TORÁ:
São livros importantes, para a humanidade, por conterem verdades maiores do que a própria verdade. Inspiram o caminho da ESPIRITUALIDADE. Pois nada é maior para o ser humano do que descobrir o seu próprio caminho.
A bíblia cumpre sua missão, em evangelizar, domar feras humanas, converter e amansar bestas, almas atrapalhadas, desequilibradas, penetra nas prisões, amaciando corações de pedra. Por isso tudo, ela se basta como obra "milagrosa", como elemento inspirador dos povos e cumpre a missão espiritual, independente de ser uma estória ou história.
Lilith (לילית em hebraico) é referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, chegando depois a ser descrita como um demônio.

De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusando-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal.

Assim dizia Lilith: ‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’ Quando reclamou de sua condição a Deus, ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma abandonou o Éden.

Três anjos foram enviados em seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith Tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido ela não aceitava sua segunda mulher. Ela então perseguiria os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém casados para se vingar.
Após os hebreus terem deixado a Babilônia Lilith perdeu aos poucos sua representatividade e foi limada do velho testamento. Eva é criada no sexto dia, e depois da solidão de Adão ela é criada novamente, sendo a primeira criação referente na verdade a Lilith no Gênesis.

No período medieval ela era ainda muito citada entre as superstições de camponeses, como deixar um amuleto com o nome dos 3 anjos que a perseguiram para fora do Éden, Sanvi, Sansavi e Samangelaf para que ela não o matasse, assim como acordar o marido que sorrisse durante o sono, pois ele estaria sendo seduzido por Lilith.
A imagem de Lilith, sob o nome Lilitu, apareceu primeiramente representando uma categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas na Suméria por volta de 3000 A.E.C. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilith por volta de 700 A.E.C.
Ela é também associada a um demônio feminino da noite que originou na antiga Mesopotâmia. Era associada ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e mesmo da morte. Porém algumas vezes ela se utilizaria da água como uma espécie de portal para o seu mundo. Também nas escrituras hebraicas (Talmud e Midrash) ela é referida como uma espécie de demônio.
Talvez dada a sua longa associação à noite, surge sem quaisquer precedentes a denominação screech owl, ou seja, como coruja, na famosa tradução inglesa da bíblia, na Bíblia KJV ou King James Version. Ali está escrito, em Isaías 34:14 que ... the screech owl also shall rest there. É preciso salientar, comparativamente, que na renomada versão em língua portuguesa da bíblia, isto é, na tradução de João Ferreira de Almeida, esta passagem relata que ... os animais noturnos ali pousarão, não havendo menção da coruja[1], como é freqüentemente, muito embora erroneamente, citado no Brasil (tratando-se de um claro exemplo da forte influência da cultura anglo-saxã no mundo lusófono atual).

Nos dois últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma notável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais a imagem sensual e sedutora de Lilith (ver a reprodução do quadro Lilith de John Collier, pintada em 1892), e aos seus atributos considerados impossíveis de serem obtidos, em um contraste radical à sua tradicional imagem demoníaca, noturna, devoradora de crianças, causadora pragas, depravação, homossexualidade e vampirismo (ver texto gnóstico na seção de links externos). Podendo ser citados também os nomes de Johann Wolfgang von Goethe, John Keats, Robert Browning, Dante Gabriel Rossetti, John Collier, etc...Lilith também é considerda um dos Arquidemônios símbolo da vaidade.
Nunca se falou tanto dos evangelhos apócrifos como neste tempo em que vivemos. Tamanha disseminação das mensagens encontradas nesses textos me leva ao convencimento de que é chegada a época de se desvendar as verdades que por séculos ficaram encobertas.
A Bíblia não é a mensagem única de Deus, não contempla em si todas as verdades religiosas nem históricas, uma vez que existiram bem mais evangelhos sobre o cristianismo do que aqueles colocados na Bíblia (Marcos, João, Lucas e Mateus).
Foi por volta do ano 327 depois de Cristo, que o Imperador Romano Constantino, a partir do Concílio de Nicéia, copilou as principais tendências religiosas existente nos três primeiros, fazendo nascer daí o cristianismo tal como conhecemos, quando foram escolhidos os textos para comporem a Bíblia, tendo ficado de fora, ao que se sabe, pelo menos sessenta evangelhos cristãos.
A decisão de Constantino foi mais política que religiosa, pois ele sabia que, copilando as principais vertentes religiosas da época, acabaria por unir todo império romano, que se encontrava por demais dividido, situação que vinha pondo em risco o seu poder imperial.
Assim, da corrente religiosa que tinha Mitra como deus pagão, foi inspirada a idéia da morte em sacrifício e da ressurreição ao terceiro dia, tal como era contada a história de Mitra. Da vertente religiosa que tinha Isis como deusa, Constantino e o Concílio de Nicéia retiraram a idéia da virgem Maria e a idealização da família sagrada (José, Maria e Jesus). Essa família, tal como idealizada, tem sido claramente contestada por historiadores das religiões, uma vez que José possuía filhos de seu primeiro casamento e também acabou tendo outros filhos com Maria, além de Jesus.
E os outros evangelhos apócrifos? Que destinos lhes foram dados? Sabe-se que ocorreu verdadeira caça às bruxas. Muitos foram queimados ou perdidos por se oporem frontalmente às bases do cristianismo colocadas na Bíblia. O decreto Gelasiano assinado pelo Papa Gelásio, falecido em 496, continha uma lista de sessenta livros apócrifos do Segundo Testamento, que deveriam ser evitados pelos cristãos. Mais da metade deles foi parar, infelizmente, na fogueira. Daí a importância de se encontrar os evangelhos como o de Maria Madalena e o de Judas, resguardados, certamente por forças espirituais, milagrosamente escondidos, para no futuro serem, enfim, revelados a todos, tal como vem ocorrido.
O ano de 2006 surpreendeu a todos os cristãos com a divulgação para todo o planeta, pela emissora de televisão a cabo “National Geographic”, do evangelho segundo Judas, após ter este ficado desaparecido por cerca de 1700 anos. A sua existência já havia sido confirmada, historicamente, por Irineu, primeiro bispo de Lyon, na metade do século II, quando o denunciou por heresias.
Contendo 26 páginas em papiro, transcrito de um texto ainda mais antigo, o evangelho está escrito em dialeto copta (Egito antigo); tendo sido autenticado depois de rigorosos testes, por especialistas, como sendo oriundo do século III. Acredita-se que o Evangelho foi copiado por volta de 300 d.C. e encadernado em couro, ficando desaparecido desde então. Em 1970 foi descoberto no deserto egípcio de El Minya.
Passado nas mãos de diversos vendedores de antiguidades, acabou chegando à Europa, e, mais tarde, aos Estados Unidos, permanecendo no cofre de um banco de Long Island por cerca de 16 anos, o que levou a sua deterioração em cerca de trinta por cento. Em 2000, foi comprado por um antiquário suíço, que preocupado com a sua deterioração, entregou-o, em fevereiro de 2001, à fundação suíça Maecenas Foundation for Anciente Art, com o objetivo de que ele fosse devidamente preservado e traduzido. Após a restauração, a análise e tradução ficaram a cargo do professor Rudolf Kasser, da Universidade de Genebra. O seu destino agora deverá ser o museu do Cairo.
Contestando a versão dos quatro Evangelhos bíblicos, o de Judas evidencia que não houve traição dele a Jesus como propalado, mas que, a atitude de Judas de entregá-Lo aos Romanos foi em decorrência de pedido feito pelo próprio Jesus. Judas deveria agir dessa forma para que o espírito de Jesus fosse libertado da vestimenta corpórea, conforme consta em uma passagem do evangelho:
Você superará todos eles. Você sacrificará o homem que me cobriu.
E Judas “traiu”, entregando Jesus aos soldados imperiais com um beijo, como se pode ver, a seguir, na pintura de Michelangelo Caravaggio, criada em 1602.

Imagem retirada da Revista Veja edição 405 – 20/02/06
Essa versão da história contada no evangelho segundo Judas de que a traição foi uma representação pedida por Jesus pode, a princípio, parecer sem sentido; entretanto, certo é que Jesus detinha em seu íntimo clara missão a ser cumprida. Além disso, é preciso considerar que o Jesus dos evangelhos apócrifos se apresenta bem distinto daquele inserto na Bíblia.
O Jesus esotérico dos textos não bíblicos transmitia aos seus discípulos conhecimentos mais complexos que aqueles divulgados pelo cristianismo. Como exemplo de ensinamentos mais densos, veja a surpreendente resposta de Jesus ao questionamento de um discípulo:
- Mestre, onde você foi e o que fez quando nos deixou?
- Eu fui para outra grande e santa geração.
Com esse diálogo, ainda mais confirmado pelos textos que se seguiram no evangelho, Jesus quis enfatizar que esteve em outra dimensão, provavelmente em viagem extracorpórea, embora não tenha explicado a maneira pela qual se utilizou para estar em outro local dimensional.
Voltando ao tema da traição a pedido, é encontrada em seu evangelho a passagem em que Judas comenta com Jesus sobre uma visão que teve mostrando o conceito ruim dos demais apóstolos para com ele em razão de seu ato de entregar Jesus aos Romanos:
Na visão, eu vi como os doze discípulos estavam me apedrejando e perseguindo severamente (...) também fui para um lugar (...) vi uma casa (...) meus olhos não puderam compreender o seu tamanho...
E Jesus lhe respondeu:
Nenhuma pessoa de nascimento mortal é merecedora de entrar na casa que você viu. Aquele lugar é reservado para os santos (...) Você superará todos eles {os discípulos} Você sacrificarás o homem que me cobriu (...) Erga para cima seus olhos, veja a nuvem e a luz dentro dela e as estrelas que a cercam. A estrela que conduz é a sua estrela. Judas ergueu para cima os olhos e viu a nuvem luminosa (...) e ouviu uma voz vinda da nuvem... {o texto sobre voz foi perdido em virtude da deterioração do pergaminho}
Como visto nos trechos citados, não se pode falar de traição de Judas, mas, sim, de cumprimento do que lhe fora pedido por Jesus e por planos espirituais superiores.
Registro aqui que, intuitivamente, desde muito jovem, eu não via Judas como traidor e, sim, como personagem importante de um cenário necessário. Por essa razão, ao conhecer as passagens do evangelho segundo Judas, não fiquei surpreso, apenas, senti grata confirmação daquilo que já vivenciava em meu íntimo desde criança.
Desde a descoberta, em 1945, em Nag Hamadi, no alto Egito, dos evangelhos de Tomé e Maria Madalena, outros textos apócrifos têm sido difundidos ultimamente, gerando polêmicas sérias sobre o real enfoque espiritualista. Entre eles, destaco o de Maria Madalena, embora tida com prostituta, foi, em verdade, a discípula mais próxima de Jesus em todos os sentido, em especial, na captação de seus ensinamentos espirituais.
Cito, a seguir, algumas passagens do evangelho segundo Maria Madalena que apresentam visões especiais sobre a espiritualidade ensinada pelo Mestre Jesus.
É necessário viver em harmonia com todos, porque os seres estão interligados, cada um é importante componente do todo. Assim, Jesus disse:
Todas as espécies, todas as formações, todas as criaturas estão unidas, elas dependem umas das outras, e se separarão novamente em sua própria origem. Pois a essência da matéria somente se separará de novo em sua própria essência...
Os pecados (ações e sentimentos negativos), segundo Jesus, são criações do homem, levando-o a sair do equilíbrio, gerando, por conseqüência, doenças e morte. Sobre essa visão, tão comum atualmente entre os terapeutas holísticos, Jesus ensinou:
Não há pecado; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é chamado 'pecado'. Por isso Deus Pai veio para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua origem. Por isso adoeceis e morreis [...]. Aquele que compreende minhas palavras, que as coloque em prática. A matéria produziu uma paixão sem igual, que se originou de algo contrário à Natureza Divina. A partir daí, todo o corpo se desequilibra. Essa é a razão por que vos digo: tende coragem, e se estiverdes desanimados, procurais força das diferentes manifestações da natureza. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça.
Sobre a espiritualidade, Jesus foi claro em dizer que esta precisa ser buscada no interior de cada um, pois é no íntimo do ser que se encontra a presença divina, que precisa ser alcançada e vivida plenamente. Nesse sentido, Jesus falou, alertando para que não fosse ensinado nada diferente do que ele mostrou:
Tomai cuidado para que ninguém vos afaste do caminho, dizendo: 'Por aqui' ou 'Por lá', pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas.
No final da citação anterior, pode-se ver que Jesus alertou a seus discípulos, antevendo os fatos que acabariam dominando as religiões do futuro, que não ensinasse nada além do que havia sido mostrado por Ele.
Com o mesmo enfoque de busca interior da espiritualidade, encontra-se uma passagem em outro evangelho apócrifo (segundo Tomé), através da qual Jesus ensinou:
O reino está dentro de vós e também em vosso exterior. Quando conseguirdes conhecer a vós mesmos, sereis conhecidos e compreendereis que sóis os filhos do Pai vivo. Mas se não vos conhecerdes, vivereis na pobreza e sereis a pobreza.
Esses ensinamentos, encontrados no Evangelho de Maria Madalena e de Tomé, constituem-se, essencialmente, na base dos estudos difundidos pelos espiritualistas, que enfocam a necessidade de se buscar a evolução espiritual no interior de cada ser, procurando a presença divina e se tornando una com ela.
Paralelamente à profunda mensagem espiritualista encontrada nos evangelhos citados, cujo conteúdo nem sempre é devidamente divulgado, outra questão tem ganhado relevância especial e até grande destaque na mídia: a ligação singular de Jesus e Maria Madalena; situação que ensejava até questionamentos entre os próprios discípulos como se vê na fala de Pedro, abaixo transcrita do evangelho segundo Madalena:
Irmã, sabemos que o Salvador te amava mais do que qualquer outra mulher. Conta-nos as palavras do Salvador, as de que te lembras, aquelas que só tu sabes e nós nem ouvimos (..} Será que ele realmente conversou em particular com uma mulher e não abertamente conosco? Devemos mudar de opinião e ouvirmos ela? Ele a preferiu a nós? Então Maria Madalena se lamentou e disse a Pedro: Pedro, meu irmão, o que estás pensando? Achas que inventei tudo isso no meu coração ou que estou mentindo sobre o Salvador?
Em face desse diálogo entre Pedro e Maria Madalena, Levi interviu:
Pedro, sempre fostes exaltado. Agora te vejo competindo com uma mulher como adversário. Mas, se o Salvador a fez merecedora, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece bem. Daí a ter amado mais do que a nós. É antes, o caso de nos envergonharmos e assumirmos o homem perfeito e nos separaremos, como Ele nos mandou, e pregarmos o Evangelho, não criando nenhuma regra ou lei, além das que o Salvador nos legou.
Inegavelmente, a ligação de Jesus e Maria Madalena ia mais além, como se lê em outro evangelho apócrifo, o de Felipe, no seguinte trecho:
E a companheira do Salvador é Maria Madalena. Cristo amava-a mais do que a todos os discípulos e costumava beijá-la com freqüência na boca. O resto dos discípulos ofendia-se com isso e expressava sua desaprovação. Diziam a ele: Porque tu amas mais do que a nós todos?
Como observei anteriormente, o mais importante, a meu ver, sobre os evangelhos chamados apócrifos, é que eles vieram enfocar uma outra forma de viver a espiritualidade, desapegada de rituais e religiões, mas vivenciada no interior de cada um, com reflexo nos comportamentos externos, em todos os lugares, principalmente fora dos templos. Contudo, entendo justo ter chegado o momento para que seja revelado, também, o amor maravilhoso vivenciado por Jesus e Maria Madalena, que em nada os desvaloriza, mas que enfatiza a justa e bela forma de amar a dois, sem qualquer comprometimento de suas atividades espirituais; pelo contrário, contribuiu para a manifestação espiritual do amor incondicional por todos.
Tal como escrevi em março de 2005 no meu artigo “Maria Madalena, uma outra história”, sabe-se por mensagens canalizadas que Maria Madalena e Jesus são almas gêmeas e que encarnaram na palestina com missão de ajuda mutua. Convergindo para essa tese, Célia Fenn, canalizou, recentemente, importante mensagem de Maria Madalena, cujos trechos abaixo transcrevo, mostrando definitivamente a grandiosa importância de Madalena e a ligação singular com Jesus.
Maria Madalena se apresenta na mensagem canalização da seguinte forma:
Eu sou Maria Madalena. Talvez me conheçam, mas poucos de vocês sabem quem sou na realidade, ou quem fui. Pois sim, fui a companheira do que se chamou Yeshua Ben Josef. E sim, há muitas histórias a respeito de nós e das nossas vidas. Ambos fomos Avatares da Nova Era da Consciência "Crística", mas os que escreveram essas histórias estiveram influenciados pelas suas crenças de que a única experiência importante era a masculina, e por isso a vida do Avatar Feminino, Maria Madalena, foi negligenciada e esquecida.
Madalena explica o plano que foi feito para que ela e Jesus nascessem no mesmo período:
Mas foi necessário que, para equilibrar a futura Idade Dourada, nascesse um Avatar de cada sexo, e que eles se unissem como companheiros, criando os perfeitos Modelos para a Futura Era de Luz! E assim foi! Nasci numa família normal de Israel, mas eu nunca fui "normal". Levava no meu interior a Chama Sagrada do Feminino Divino desde o momento em que fui concebida como humana. Nasci como uma perfeita Menina "Crística". Fui a “filha” encarnada da Mãe Divina. Igual a Yeshua, fui treinada pelas mulheres nos ensinos secretos dos Essênios. Como ele, eu era um grande prodígio pelo meu saber e conhecimento das antigas artes da sabedoria das mulheres que estava bem alem dos meus anos.
Sobre a União Sagrada, expressão de sabedoria espiritual e de amor incondicional, Madalena assim falou em sua mensagem canalizada:
Esta união apaixonada do sexual e do espiritual é o que conduziu à remoção da história de Maria Madalena e da sua União Sagrada com o Yeshua Ben Josef das histórias que comemoram a vida de Yeshua. E sim, chamaram-me "prostituta" e "impura" pelo meu conhecimento dos dons do êxtase sexual. Que triste foi que o caminho do Feminino Divino não fosse honrado ao mesmo tempo que o caminho do Masculino Divino representado por Yeshua. De fato, essa omissão conduziu à distorção da verdade a respeito das nossas vidas. Porque o verdadeiro caminho do Avatar não foi o sofrimento e o martírio. Essa foi uma interpretação posterior feita por quem tinha outros planos. O verdadeiro caminho do Avatar foi criar um caminho para o Êxtase e a Unidade através do Amor Incondicional. E foi alcançado por nós! Foi esta realização que agora nos permite que levemos a vocês os ensinos da União Sagrada e os caminhos do Feminino Divino e do Masculino Divino. Esta foi a maior realização das nossas vidas, e essa Alegria e esse Amor é o que queríamos transmitir como nosso legado, não o sofrimento nem o derramamento de sangue das incontáveis guerras e cruzadas disputadas num entendimento errôneo da natureza da energia Divina Masculina e do caminho de Yeshua!
E finaliza, dizendo sobre o momento de se viver o relacionamento de chamas gêmeas:
Queridas irmãs, é hora de elevar a vossa consciência novamente e ver que o vosso corpo é o Templo da vossa Alma e do vosso Espírito. É um corpo Feminino, um corpo de mulher, e é o Templo do Feminino Divino. Esta é uma energia poderosa e sagrada, uma chama da energia Solar Feminina que lhes permite experimentar a energia da Fonte como uma Grande Mãe. Mas também lhes permite experienciar o êxtase de uma relação entre Chamas Gêmeas na qual se reúnem o Divino Feminino e o Divino Masculino ao serviço da Fonte e de seu Amor por Tudo O Que É!
Percebi, pela intuição, que seria importante juntar, aos textos apócrifos, alguns trechos canalizados, para que, com isso, pudesse ser observado, que a história do cristianismo e a visão da sexualidade foram manipuladas e deturpadas igualmente nesses dois mil anos. Mas, ao mesmo tempo, é possível ver com alegria, que é chegado o tempo para o florescimento da verdade, tanto através dos evangelhos apócrifos que reapareceram recentemente, como pelas mensagens canalizadas, que fluem em quantidade por todo o planeta.
Como se pode ver, o caminho ensinado por Jesus foi a espiritualidade interior, gerando o amor incondicional praticado; mas, isso em nada se contrapõe ao amor físico, sexual, a ser vivido a dois, que a rigor, constitui-se de pura e fantástica energia divina, gerando a alegria de viver e praticar o amor incondicional para com tudo que existe. Desse modo, Jesus e Maria Madalena viveram essa experiência plena aqui na Terra, em suas missões especiais para disseminar o amor incondicional.
Não quero, com este artigo, melindrar as pessoas e a fé de ninguém, no entanto, estou convencido de que se pode repensar a história do cristianismo, vê-la de outra forma, mais realista e não menos bela. Pelas novas e fundamentadas informações, tão amplamente divulgadas, com base em documentos históricos legítimos e por importantes mensagens canalizadas, parece inegável que Jesus e Maria Madalena deixaram legados de puro amor a dois, de puro amor incondicional, de esperança, de certeza na vida eterna a ser vivida pelos casais de almas gêmeas a começar pela vida terrena.
Na madrugada do dia 15 de julho de 2006, quando este artigo já estava praticamente terminado, meu corpo astral teve um encontro emocionante: com Jesus e Maria Madalena. Diferente da experiência em que me vi em Jerusalém testemunhando um de Seus milagres (ver texto “Presente Espiritual”, do livro “Outra vida nova chance”), quando Jesus era bem moreno e usava barba escura (seu verdadeiro corpo terreno); desta feita, Jesus se apresentou com o seu corpo astral: estatura alta, pele e cabelos claros. Entre outras questões, Ele me disse que os Seus ensinamentos terrenos foram destorcidos ao longo do tempo, afetando consideravelmente o rumo da história espiritual terrena; pois muito do que se sabe, ensinado pelas religiões, não corresponde efetivamente ao que Ele deixou de legado em sua passagem terrena.
Se as pessoas foram sabotadas pela história tradicional ao longo de dois mil anos, seja por ignorância ou interesses escusos, é tempo de abrir os olhos e ver a bela realidade, sorrindo, de uma história fascinante e revolucionária, que pode e certamente levará às pessoas a repensarem as suas vidas, as suas práticas religiosas e existenciais. “Quem tem ouvidos para ouvir que ouça” {fala de Jesus no evangelho segundo Maria Madalena}.
Luz, amor e verdade,abraços fraternos,

Moacir Sader

Existiram inúmeros salvadores, dependendo dos períodos, em todo o mundo preencheram, esse espaço temporal com as mesmas características:

Chrishna ou Khrisna do Hindus (Índia)
Budha Sakia da Índia.
Salivahana das Bermudas.
Zulis, ou Zhule, também Osíris e Hórus, do Egito.
Odin dos escandinavos
Crite da Caldéia
Zoroater (Zoroastro) e Mitra da Pérsia
Baal e tenso ", o Unigênito de Deus", da Fenícia.
Indra do Tibete.
Bali de Afeghanistan
Jao do Nepal
Wittoba do Bilingonese
Thammuz da Síria
Átis de Frígia
Xamolxis da Trácia
Zoar dos bonzos
Adad da Assíria
Deva Tat e Sammoncadam de Sião
Alcides de Tebas
Mikado da Sintoos
Beddru do Japão
Hesus ou Eros, e Bremrillah, dos druidas
Thor, filho de Odin, dos gauleses
Cadmus da Grécia
Hil e feta do Mandaites
Genaut e Quexalcote do México
Ischy da ilha de Formosa
Dinine professor de Platão
Santo de Xaca
Fohi andTien da China
Adônis, filho da virgem Io da Grécia
Ixion e Quirino de Roma
Prometheus do Cáucaso
Jesus de Belém (Jesus de Nazaré)


Fonte: Wikipedia - Apócrifos


[por Beraldo]
Wikipedia
Bíblia
Bibliografia
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