sábado, 18 de abril de 2009

A RAIVA







Raiva é um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração, contra alguém ou alguma coisa, que se exterioriza quando o ego sente-se ferido ou ameaçado. A intensidade da raiva, ou a sua ausência, difere entre as pessoas. Joanna de Ângelis[1] aponta o desenvolvimento moral e psicológico do indivíduo como determinante na maneira como a raiva é exteriorizada.

A raiva também pode ser um sentimento passageiro ou prolongado(rancor).

Diferentes origens

A raiva pode ter diversas origens, tais como:

A inveja:
Uma pessoa pode sentir raiva de outra pelo fato desta ter algo que aquela gostaria para si, no entanto, como não possui recursos próprios para adquirir estes objetos de desejos, e pela sua imaturidade moral, passa a sentir raiva de quem os têm.
O ego:
Uma pessoa pode sentir raiva de uma outra pelo fato desta ter afrontado ou ridicularizado o seu ego. A raiva, neste caso, é uma tentativa de proteção ao impor-se uma postura agressiva diante da afronta.

O instinto de superioridade:
Uma pessoa que no seu íntimo tem a falsa percepção de superioridade em relação aos demais, quando se vê em uma situação em que não é compreendida ou aceita como gostaria que o fosse, utiliza-se da raiva como mecanismo de evasão dos seus instintos violentos, afligindo a todos que encontram-se ao seu lado.

A família:
Pode ocorrer quando os pais não dão a devida atenção aos filhos, desinteressando-se pelos problemas que venham a afligir a prole. Inconscientemente o indivíduo começa a ressentir-se, o que ao longo dos anos pode gerar raiva acumulada.

O trânsito:
Segundo Joanna de Ângelis (2005), é bem comum acidentes automobilísticos devido a "raiva malcontida" de motoristas que não se conformam em serem ultrapassados por outros carros, e ao invés de facilitar a ultrapassagem terminam expondo o outro automóvel a perigos que podem resultar num acidente.

Conseqüências
A raiva é como uma doença que vai corroendo de dentro para fora, e que causa diversos prejuízos físicos, mentais e espirituais para o próprio enfermo e para as pessoas que a este acompanham.

Como conseqüências da raiva podemos ter:

1 - A violência verbal.
2 - A violência física.


O Ódio:
Consiste numa ênfase de raiva, que geralmente dura mais tempo e acompanha um desejo contínuo de mal a alguém.

O comportamento agressivo:
O indivíduo assume uma postura contínua de mau humor e raiva, pode ter sua origem em pequenas frustrações que no decorrer da vida se acumulam, e que não foram superadas através de diálogos compreensivos e do perdão ao próximo e a si mesmo.
O perdão consiste em desistir de qualquer ressentimento quando se é, de alguma forma, prejudicado. Por isso existe quem considera o ato de perdoar como uma possível "cura" para a Raiva.

No corpo humano a raiva gera problemas no sistema nervoso central, disfunção das glândulas de secreção endócrina, distúrbios no aparelho digestivo e desequilíbrio psicológico

Para entendermos a nós mesmos é muito importante que aprendamos a escutar a vida dentro de nós, a acolher nossos sentimentos e a vê-los como parte integrante de nosso ser. Só quando percebermos o que somos e aceitarmos esta íntima descoberta é que, paradoxalmente, daremos lugar à mudança e ao crescimento.

E tal enfoque não exclui o sentimento da raiva que é um sentimento universal. A diferença ocorre na forma que cada um de nós lida com as emoções

A raiva é um sentimento natural à frustração e é a primeira resposta a uma perda. Depois vem a depressão, a elaboração e a organização do pensamento. Alguns entram rapidamente em depressão e em processo de tortura e sofrimento, o que só piora a situação.
As explosões não acontecem por acaso.
Pessoas em situações de estresse já estão frustradas. Qualquer outro fato contrário soa como uma agressão e é fácil perder a paciência. Sendo assim, é importante que estas pessoas trabalhem a frustração e tentem redimensionar as perdas, aceitando-as como inerentes ao processo da existência. O ideal é lembrar que tudo tem dois lados, tentando entender o que aquela perda significa e o que se pode aprender com a experiência.

Normalmente, o ataque de raiva começa com uma irritação diante de alguma situação desagradável. O coração acelera, as mãos começam a suar, os músculos ficam tensos e aí vem a explosão. Se isso acontecer com muita freqüência, a pessoa pode desenvolver problemas de saúde.

No corpo, um dos primeiros sinais é a dificuldade respiratória. Quando a pessoa não respira adequadamente, não oxigena as células cerebrais, o que estimula a tomada de decisões erradas.

A pressão arterial sobe e a pessoa pode ter problemas estomacais, como gastrite e até mesmo úlcera.

Sob um enfoque psicológico, a raiva comumente gera ataques de pânico, crises de ansiedade, depressão, desânimo e mágoa. É comum que o sentimento de raiva e suas manifestações tenham sido desencadeados, quando a pessoa se sente injustiçada, menosprezados e desrespeitados.

A raiva está no nosso dia-a-dia.
O importante é saber conviver com ela, "dando-lhe voz" para que expresse o que não queremos aceitar, o que não aceitamos perder e se estamos onde e com quem realmente desejamos estar. De nada resolverá sufocá-la, negá-la, aprisioná-la tal qual uma fera enjaulada, pois, mais cedo ou mais tarde, ela surgirá de uma forma desajeitada e prejudicial para nós mesmos e para o outro.

Raiva em excesso mata?

Sentimentos de raiva podem tornar vulneráveis os problemas cardíacos em até 10 vezes mais propensos a necessidade de tratamento para corrigir os seus batimentos cardíacos. A investigação resulta de estudos anteriores que demonstraram que terremotos, guerras contra o terror ou mesmo a perda de uma Copa Libertadores da América pode aumentar as taxas de morte por parada cardíaca súbita, em que o coração pára de bombear sangue. “É definitivamente foi demonstrado em todas as diferentes formas que, quando você colocar uma população inteira em um estressor que a morte súbita aumentará”, disse o Dr. Rachel Lampert da Yale University, em New Haven, Connecticut, cujo estudo aparece no jornal do American College de Cardiologia”. “ Nosso estudo começa a analisar como é que isto realmente afetar o sistema elétrico do coração.”

O humor realmente afeta muito o organismo das pessoas e os batimentos cardíacos mudam muito. Dr. Lampert e seus colegas da área da saúde estudaram 62 pacientes com doença cardíaca e coração desfibriladores implantáveis ou de dispositivos que permitem detectar ritmos ou arritmias cardíacas perigosas e emite um choque elétrico para restabelecer um batimento cardíaco normal. Os pacientes participaram de um exercício em que reconstituíram um episódio recente zangado enquanto Lampert da equipe realizada para medir a instabilidade elétrica do coração. Dependendo de como as mensagens são recebidas as pessoas ficam muito alteradas podendo passar muito mal.
Segundo Dr. Lampert “A raiva causa impacto realmente no coração e no sistema elétrico tão específico que podem levar à morte súbita.” Ela salientou que os resultados não implicam com os normais, corações saudáveis eram necessariamente em maior risco de uma parada cardíaca resultante de raiva.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Propósito de vida:







Não estamos aqui apenas a passeio, é importante lembrar quem somos e quais impactos causamos no universo.
Quais são as nossas crenças de vida, através delas é que tomamos atitudes.
Nossos objetivos nos inspiram a agir e a tornar nossos sonhos uma realidade e criar um significado de vida.
Ser polêmico pode nos apimentar e trazer esse diferencial que nos torna únicos, entretanto os riscos necessitam ser planejados.
Saber falar, mas saber calar.
A introspecção não é sinônimo de tristeza, muitas vezes um determinante para desenvolvermos autocontrole e reavaliarmos nossas metas para planejarmos nosso futuro, não perder tempo com o que não queremos, para que?
Procurar as respostas dentro de nós, no que desejamos e prestar atenção no que isso poderá interferir positivamente para a nossa vida.
Se uma meta é desafiante? Mãos a obra, defina seu plano de ação e tenha opções, se uma opção é limitada, duas criam um dilema e três nos permitem escolhas.
Os desafios são atraentes e permitir que nossos grandes paralisadores como o medo, muitas vezes crenças limitantes e tempo, não podem ser nosso inimigo, nos faça retroceder.
Viver é correr riscos diariamente. Portanto corra todos os riscos e VIVA...
Ser apaixonado pelo o que faz é um dos maiores passos e uma conquista para construirmos nosso destino.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

CO-DEPENDENCIA


RESENHA As pessoas que convivem com dependentes de drogas ou álcool são, em geral, as mais suscetíveis a sofrer crises de estresse e distúrbios nervosos na luta diária para livrar amigos e parentes da dependência química da vó-dependência  nunca mais vai ajudá-lo a perceber a sua mais importante e, possivelmente, mais neglicenciada responsabilidade: cuidar de si. Admitir que não é o culpado pelo vício de amigos e parentes é o primeiro passo para entender os seus problemas e angústias, trocando a ansiedade por uma vida equilibrada. O livro apresenta dezenas de casos reais, reflexões pessoais, exercícios e testes. Escrito por Melody Beattie, uma ex-viciada que conviveu com co-dependentes, o livro é um sucesso nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países. O movimento que o co-dependente faz, é ainda pior que do próprio dependente (este está doente). O co-dependente alimenta a dependência do outro em beneficio próprio. Ele facilita. Toma as decisões. Pode ser omisso ou ao contrário, não deixa faltar nada. A co-dependência se inicia quando uma pessoa, numa relação comprometida com um dependente, tenta controlar seu comportamento na esperança de ajudá-lo. Como conseqüência dessa busca mal sucedida de controle das atitudes do próximo, a pessoa acaba perdendo o domínio sobre seu próprio comportamento e vida. Em outras palavras, se ao nos dedicarmos aos outros estivermos nos abandonando, mais à frente teremos de nos confrontar com as conseqüências de nossa atitude ignorante. Reconhecer nossos limites e necessidades é tão saudável quanto a motivação de querer superá-los. Sentir a dor do outro não quer dizer ter que repará-la. Este é nosso grande desafio: sentir a dor com o intuito simplesmente de nos aproximarmos dela, em vez de querer transformá-la de modo imediato. É preciso deixar claro que ter empatia não tem nada a ver com a necessidade compulsiva de realizar os desejos alheios, própria dos relacionamentos co-dependentes. O paradoxo do relacionamento é que ele nos obriga a sermos nós mesmos, expressando sem hesitação e assumindo uma posição. Ao mesmo tempo, exige que abandonemos todas as posições fixas, bem como nosso apego a elas. O desapego em um relacionamento não significa que não tenhamos necessidades ou que não prestemos atenção a elas. Se ignoramos ou negamos nossas necessidades, cortamos uma parte importante de nós mesmos e teremos menos a oferecer ao parceiro. O desapego em seu melhor sentido significa não se identificar com as carências nem com as preferências e aversões. Reconhecemos sua existência, mas permanecemos em contato com nosso eu maior, onde as necessidades não nos dominam. A partir desta perspectiva, podemos escolher afirmar nosso desejo ou abandoná-lo, de acordo com as necessidades do momento. A empatia começa com a capacidade de estarmos bem conosco mesmos, de reconhecermos o que não gostamos em nós e admirarmos nossas qualidades. Quanto melhor tivermos sido compreendidos em nossas necessidades e sentimentos quando éramos crianças, melhor saberemos reconhecê-las quando adultos. Entrar em contato com os próprios sentimentos é a base para desenvolver a empatia. Como alguém que desconhece suas próprias necessidades poderá entender as necessidades alheias? Se você quiser ler mais sobre a co-dependência, leia o livro: Co-dependência nunca mais de Melody Beattie (Ed. Record). Abaixo, seguem alguns itens que, segundo a autora, os co-dependentes adoram fazer: - Considerar-se e sentir-se responsável por outra(s) pessoas(s) – pelos sentimentos, pensamentos, ações, escolhas, desejos, necessidades, bem-estar, falta de bem-estar e até pelo destino dessa(s) pessoa(s). - Sentir ansiedade, pena e culpa quando a outra pessoa tem um problema. - Sentir-se compelido – quase forçado – a ajudar aquela pessoa a resolver o problema, seja dando conselhos que não foram pedidos, oferecendo uma série de sugestões ou equilibrando emoções. - Ter raiva quando sua ajuda não é eficiente. - Comprometer-se demais. - Culpar outras pessoas pela situação em que ele mesmo está. - Dizer que outras pessoas fazem com que se sinta da maneira que se sente. - Achar que a outra pessoa o está levando à loucura. - Sentir raiva, sentir-se vítima, achar que está sendo usado e que não senta sendo apreciado. - Achar que não é bom o bastante. - Contentar-se apenas em ser necessário a outros.

quinta-feira, 5 de março de 2009




Vocês sabiam que existe uma mensagem subliminar sexual a casa 3 minutos nos meios de comunicação? E que o número de gravidez na adolescencia embora o apelo dos profissionais na área da sexualidade aumenta a cada ano? As DST's das mais comuns a AIDS vem se proliferando mas a onipotencia do ser humano continua inabalada embora sejam alarmantes esses dados estatisticos?
A nossa proposta é para orientar, prevenir e antecipar com um trabalho sério, visto que somos formadores de opiniões...Entretanto as prefeituras, o governo e a união não tem medidas paliativas eficientes, porque na nossa cultura ainda prevalece a cultura de que com nossa familia isso não ocorrerá

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

PANICO - vamos fazer um pararelo com as respostas dos animais

Instinto na Idade de Razão
Os animais possuem uma variedade de respostas de orientação e defesa que lhes permitem responder automaticamente diante de situações potencialmente perigosas diferentes, de forma rápida e fluida. As sensações que envolvem fuga são profundamente diferentes daquelas de congelamento ou colapso.
Estou de acordo com Beck quando diz que o pânico e a ansiedade pós-traumática tem em comum "a experiência de medo com a percepção de inescapabilidade." Eu percebi com meus pacientes, e depois confirmei pela análise etologica dos comportamentos da presa do predador, que a experiência singular de ansiedade traumática de pânico que Beck menciona só acontece onde as respostas defensivas normalmente variadas e ativas foram mal-sucedidas, isso é, quando uma situação é perigosa e inevitável. A ansiedade, na forma de pânico patológico (algo distinto da ansiedade como sinal), representa o fracasso profundo das estruturas defensivas inatas do organismo em mobilizar o indivíduo permitindo que escape das situações ameaçadoras de forma ativa e bem sucedida.
Onde a fuga é possível, o organismo responde com um padrão ativo e positivo de resposta. Tem a experiência contínua de perigo, corrida, e fuga. Quando, em um estado ativado, a fuga é completada, não há ansiedade. Em lugar disso é experimentado um senso fluido de "competência biológica".
Onde os comportamentos defensivos são mal-sucedidos, a ansiedade é gerada. É quando as formas ativas de resposta defensiva são abortadas e incompletas que o estado de ansiedade aparece.
Sob a etiqueta monolítica de "ansiedade" se camuflou uma riqueza de sensações incompletas e identificáveis, de respostas somáticas e sentimentos corporais variados. Estas experiências do corpo representam a resposta do indivíduo moldada pela experiência passada, mas também pelo seu "potencial genético", na forma de respostas defensivas irrealizadas. O reconhecimento de que a orientação instintiva e os comportamentos defensivos são padrões motores organizados, quer dizer, atos motores preparados (condicionados de forma inata), ajuda a devolver o corpo à cabeça. A ansiedade deriva do fracasso em completar atos motores.
No final das contas, temos apenas um medo, o de não poder lidar com aquilo que nos assusta, o da nossa própria incapacidade de dar conta. Sem respostas ativas e defensivas disponíveis não podemos lidar efetivamente com perigo e, nessa medida, ficamos ansiosos.

O impulso de correr é experimentado como sentimento de perigo, enquanto a corrida bem sucedida é experimentada como fuga (e não ansiedade!).
A palavra fear vem do termo inglês arcaico para perigo, enquanto ansioso deriva da raiz grega ânsia, significando pressionar, apertado ou estrangular. Nossa fisiologia e psique são constritas precipitadamente na ansiedade. A resposta se restringe à fuga desesperada, o contra-ataque furioso, ou gelar-se e desmoronar.

Em resumo, quando a orientação normal e os recursos de fuga defensiva não conseguem solucionar a situação, a vida mantém o equilíbrio com a fuga não-dirigida, a fúria ou o colapso. Raiva e terror-pânico são estados emocionais secundários da ansiedade que são evocados quando os processos de orientação preparatória do perigo, sentimentos de orientação e preparação para fugir não são bem sucedidos, quando são bloqueados ou inibidos. Esta "contrariedade" resulta em congelamento e ansiedade-pânico.

Imobilidade e congelamento tônicos.
A ansiedade foi freqüentemente associada à fisiologia e experiência da fuga. A análise dos comportamentos de angústia em animais sugere que isto possa estar totalmente errado. A etologia (o estudo dos animais no seu ambiente natural) é contraria a visão da fuga como raiz da angústia-ansiedade. Quando atacado por uma chita nas planícies africanas, um antílope tentará primeiro escapar pela corrida orientada e dirigida. Porém, se o animal fugindo é encurralado de forma que a fuga é muito dificultada, poderá correr cegamente, sem uma orientação dirigida, ou tentar lutar de modo selvagem e desesperado contra as enormes desvantagens. No momento de contato físico, freqüentemente antes de o dano ser infligido de fato, o antílope parece morrer abruptamente. Não só parece morto, mas sua fisiologia autonômica sofre uma extensa alteração e reorganização. O antílope está na realidade altamente ativado interiormente, embora o movimento externo seja quase inexistente. Animais de presa são imobilizados dentro um contínuo (cataléptico-catatônico) padrão sustentado de atividade neuromuscular e alta atividade autonômica e de onda cerebral. As respostas simpática e parassimpática também são ativadas simultaneamente, como um freio e um acelerador, trabalhando uma contra a outra.
Na imobilidade tônica, um animal está ou no endurecimento congelado pela alta contração dos grupos musculares agonistas e antagonistas, ou num estado muscular continuamente equilibrado, hipnótico, que é chamado "flexibilidade ondulada." Neste estado as posições do corpo podem ser moldadas como no barro, como é visto em esquizofrênicos catatônicos. Também há um entorpecimento analgésico.
Neste estado o paciente pode descrever muitos de estes comportamentos tal como lhe acontecem. Porém, ele não está ciente das sensações físicas e sim do seu julgamento crítico autodepreciativo a respeito das sensações. É como se fosse necessário achar alguma explicação para as forças profundamente desorganizadoras que estão por baixo da própria inadequação percebida. O psicólogo Paul G. Zimbardo chegou a propor que a maioria das doenças mentais não representam um prejuízo cognitivo, mas uma (tentativa de) interpretação dos estados internos descontínuos ou “inexplicáveis”. A imobilidade tônica, a raiva assassina, e a fuga não dirigida são exemplo desses estados.

A imobilidade tônica demonstra que a ansiedade pode tanto autoprotetora como autodebilitante.
Luta, fuga e imobilidade são respostas adaptativas.
Quando a resposta de luta ou fuga é apropriada, congelar será relativamente maladaptativo. Quando congelar é apropriado, tentar fugir ou lutar pode ser maladaptativo. Biologicamente, a imobilidade é uma estratégia adaptativa potente quando a fuga ativa é impedida. Porém, quando se torna um padrão de resposta preferido em geral nas situações de ativação, é profundamente debilitante. A imobilidade é a experiência incapacitante e cristalizada da ansiedade e do pânico traumático. Porém, por baixo da resposta congelada estão a luta ou a fuga, e outras preparações de defesa e orientação que estavam ativadas antes do congelamento. Desmontar a ansiedade é possível na medida em que se restabelecem as respostas ocultas de luta ou fuga, e as outras respostas ativas de defesa que acontecem precisamente no momento antes da fuga ser impedida.

A chave no tratamento das reações de ansiedade e estresse pós-traumático é a princípio bastante simples: desacoplar a resposta de congelamento, normalmente aguda e limitada no tempo, da reativação de medo. Isto é realizado restabelecendo as respostas defensivas e de orientação pré-traumáticas progressivamente, as respostas que estavam em execução justo antes do inicio da imobilidade.
Na prática há muitas estratégias que podem ser utilizadas para realizar isto. O que as unifica é que elas são todas usadas na intenção de desestruturar a resposta de ansiedade restabelecendo recursos defensivos e de orientação. As necessidades e recursos de cada indivíduo estimulam uma solução única, criativa e adaptativa.



Sinergia que ativa o pânico:

• Os teóricos cognitivos acreditam que a distorção na avaliação cognitiva da situação e um elemento determinante nas reações de ansiedade.

• Para eles, a ansiedade é um sinal de perigo, que ativa os comportamentos defensivos necessários. Visão de cima para baixo, a cabeça decide o comportamento.)

• Soluções biológicas para O organismo responde de forma
situações de perigo imediata, precisa e diferenciada.

• A percepção do perigo e a avaliação da própria capacidade de responder são processos inconscientes.

• Os comportamentos defensivos são padrões motores organizados, atos motores preparados.

• Luta ou fuga resposta ativa senso de competência biológica
Impulso de correr..............experimentado como medo.
Corrida bem sucedida.........experimentado como fuga.

• Defesa impossível
 congelamento temporário (ativação simultânea dos ramos simpático e parassimpático).
 congelamento permanente. Ansiedade (respostas incompletas ou abortadas).

• Ansiedade
atividade desorganizada de fuga não dirigida.
atividade desorganizada de contra-ataque furioso.
congelamento (ativação simpática e parassimpática simultânea,
entorpecimento analgésico, endurecimento ou flexibilidade ondulada)

• Em estado de ansiedade não há consciência das sensações, mas do juízo crítico a respeito delas: tentativa de encontrar sentido no estado interno descontinuo, desorganizado e inexplicável.

• Proposta terapêutica: desacoplar o congelamento da ativação. Por baixo do congelamento estão a luta, a fuga e as outras respostas de orientação defensivas que estavam em execução antes de congelar.