1.
MEDICINA conjunto bem determinado de sintomas que não caracterizam uma só
doença, mas podem traduzir uma modalidade patogénica.
2.
figurado conjunto de sinais ou características associados a uma situação
crítica e causadores de receio ou insegurança.
O
que é Síndrome:
Síndrome
(do grego "syndromé", cujo significado é "reunião") é um
termo bastante utilizado em Medicina e Psicologia para caracterizar o conjunto
de sinais e sintomas que definem uma determinada patologia ou doença.
No
sentido figurado, o termo designa um conjunto de características que, quando
associadas a situações críticas, podem gerar insegurança ou medo. Por exemplo:
"síndrome da violência urbana".
*****************
Síndrome do Ninho Vazio se caracteriza pelo
sentimento de solidão, vazio, tristeza, irritação e depressão sentidos pelos
pais quando um filho deixa o lar, rumo a uma vida mais independente. Essa
Síndrome atinge mais as mulheres e elas muitas vezes se sentem abandonadas.
É natural em algum
momento da vida os filhos saírem de casa, seja porque vão se casar, ou porque
vão cursar a universidade em outra cidade ou país, etc. Isso deveria ser
comemorado pelos pais, mas nem sempre isso acontece. Muitas vezes isso se torna
um pesadelo. Por não conseguir lidar com isso, o sentimento de saudade acaba
ganhando proporções prejudiciais à vida de quem fica.
A saudade pode
virar depressão, crises de ansiedade, angústia, problema psicossomáticos que
antes não existiam. A emoção pode ser transformada em dor. É comum as pessoas
transferirem a tensão do estresse para o músculo, nas costas, e isso por mais
que seja psicológico, causa dor. E a dor é real.
É uma fase
complicada principalmente para mulheres que passaram toda a sua vida dedicando-se
exclusivamente aos filhos, quando eles vão embora, elas perdem o chão, sentem um vazio, uma perda de si mesma.
Quero falar sobre a projeção. Um mecanismo de defesa do
sistema psicológico, que, enquanto não compreendido, nos impede de termos um
profundo conhecimento de nós mesmos.
O que é a projeção?
A projeção é uma teoria criada por Freud e definida como um
mecanismo de defesa psicológico, onde projetamos nossas emoções, pensamentos,
sentimentos indesejáveis numa ou mais pessoas. Quando temos um pensamento
"condenável", digamos assim, e não somos capazes de admiti-lo
conscientemente, então, inconscientemente jogamos esses pensamentos sobre o
outro e os responsabilizamos. Por exemplo, eu tomo partido de uma discussão,
mas eu digo que foi a outra pessoa que tomei então eu digo esbravejo
ridiculamente alguém, por alguma atitude que sou eu que estou tendo sem sequer
perceber que estou projetando em outra pessoa.
Por exemplo, quando uma pessoa é preguiçosa, mas ainda não
lhe está consciente essa sua preguiça, e, por medo de admiti-la, por defesa,
ela projeta essa preguiça em outra pessoa, e começa a acusar o outro de preguiçosa.
Quando você acusa, tem raiva, irritação etc.. Por uma ou
mais pessoas, devido a um determinado "defeito" que ela supostamente
vê no outro, então, é muito provável que esteja projetando.
E é ai que atraímos para nós pessoas semelhantes. Muitos
dizem que os opostos se atraem, mas a verdade é que os semelhantes se atraem.
Já falei aqui que o outro é o nosso espelho, e somos
espelhos dos outros, onde refletimos nele todos os nossos defeitos e
qualidades. Somos reflexos uns dos outros, e, portanto, todo aquele que se
achega a nós, vem por ter semelhanças conosco.
Algumas pessoas vêm me dizer que não aguenta mais fulano,
que fulano é falso, fulano é egoísta, fulano é isso e aquilo... Então eu digo:
na verdade, quem é tudo isso, é você mesma!
Outras me falam: - eu só atraio gente ruim (óh, porque
será?) só atraio gente falsa (óh). Sabe por quê? Porque você atrai o seu
reflexo. Nós só conseguimos nos ver através de um espelho.
É através do espelho que você vê seu rosto, seu cabelo, seu
corpo e etc...
Mas, assim como só conseguimos ver o nosso corpo através de
um espelho, só conseguimos ver a nossa alma através do outro, que é o espelho
da alma.
Quando você se olha no espelho, consegue perceber que,
aquela imagem ali refletida (que é você, mas, está refletido no objeto), está
ficando com rugas, cabelos brancos, ou está triste e etc...
Assim, quando você olha para o outro (que é seu espelho)
você pode ver o seu reflexo. Porem, como deseja, seu inconsciente verá no outro
os seus defeitos projetados, e o culpará (ou o acusará, julgará, terá raiva,
ódio e etc..) do próprio defeito seu, por não ter condições de assumi-lo
conscientemente. Sacou o que quis dizer?
Então a resposta do porque "só atraio gente ruim",
é que na verdade, aquelas pessoas não são ruins, e sim, apareceram na sua vida
como espelho para revelar a sua alma, afim de que você pode se ver por dentro.
E enquanto você não tiver consciência disso, esse ciclo não irá mudar.
Portanto, pare um pouco de acusar e criticar o outro perto
de você, e, olhe para você. O que é que tem dentro de você que necessitas tanto
de projetar no outro? Traga para sua consciência, assuma os seus defeitos (ou
qualidades), e seja quem você é. Quando mais você colocar em pratica se
responsabilizar pelos SEUS defeitos, ou atos, pensamentos, sentimentos ruins e etc.,
menos você precisará projetar, e menos você ficará irritada com as pessoas.
Dessa forma, tudo a sua volta começará a mudar. Você vai
atrair pra você, pessoas semelhantes a você. Então entenda que, essas pessoas
que estão a sua volta, estão para revelar quem você é. Quanto menos você assume
os SEUS problemas, mais pessoas "ruins" irão aparecer. Quanto mais
você assume quem você é, reconhecendo as projeções que faz no outro como seus
próprios defeitos, menos "pessoas ruins" estarão a sua volta.
A vida é fantástica. Ela nos une a pessoas que representam
exatamente o que somos, para nos ensinar a crescer, a se transformar. O maior
exemplo disso são os casamentos. Sabe aquele defeito que você ODEIA no seu
cônjuge? Pois é, ele pertence a você!
Os relacionamentos podem melhorar quando reconhecemos que
nós temos defeitos, e paramos de projeta-los no nosso parceiro (a).
Eu vivia reclamando, por exemplo, que meu marido é muito
quieto. Mas na verdade, ele estava refletindo o meu oposto, pois falo demais. E
com essa projeção, aprendi que devo ouvir mais e falar menos.
Então, examinem o que vocês andam projetando, reconheça que
as pessoas à sua volta são espelhos para revelar o seu interior afim de que
você possa evoluir.
Não existem pessoas más. Existem pessoas com qualidades e
defeitos, os quais veem de acordo com a nossa projeção.
Você reconhece quem você é pelo o que você tem projetado.
(eu falo muito você? mas serve para mim também, para todos
nós).
Vou deixar alguns de algumas projeções, mas peço que você
tente enxergar o que você tem projetado nas pessoas.
Você está possivelmente projetando quando acusa o outro de:
- Egoísta;
- Orgulhoso;
- Falso;
- Insubordinado;
- Pecador;
- Mentiroso;
- Traidor;
- Fofoqueiro;
- Avarento;
- Metido;
- Intrometido.
Lembre-se também, que nem tudo é projeção, claro. Algumas
coisas são de fato fraquezas do outro que está bem exposto. Mas não nos cabe
julga-lo por isso.
A projeção é na maioria das vezes aquilo que você detesta no
outro a tal ponto que te incomoda, te tira à paz, e você só fala desse assunto
e etc.. Quando, porém, você vê uma fraqueza no outro, mas isso não interfere em
você e não te incomoda, não é uma projeção. O incômodo vem justamente pra te
"cutucar" afim de que você perceba que o que tanto te incomoda no
outro, faz parte de você.
Isso também serve para as qualidades viu? Quando você vê uma
pessoa que é super. Organizada, e você se sente inferior a ela por isso, e
exalta essa qualidade dessa pessoa a tal ponto que te incomoda não ser igual a
ela, você está projetando, e isso significa que você tem também a mesma
capacidade dessa pessoa, só basta reconhecer e colocar em pratica.
A Psicologia de botequim é muito praticada por várias
pessoas que infelizmente tiveram na sua grade escolar, alguma teoria da nossa
área que é muito vasta. Mas lembre-se que para ser um PSICÓLOGO é necessário
fazer cinco anos de Faculdade, quando saímos temos certeza de que o maior
critério é ter cautela, que existem duas pessoas distintas, uma profissional no
setting terapêutico com seus clientes sob sigilo profissional e a pessoa. Lembro ainda, que para o atendimento clínico
é fundamental estar embasado numa teoria ter uma supervisão. Tem curioso demais
para o meu gosto.
Reconhecer suas projeções e crescer com as mesmas faz parte
de uma evolução, todos fazem isso.
A parentalidade é um
termo relativamente recente, que começou a ser utilizado na literatura
psicanalítica francesa a partir dos anos 60 para marcar a dimensão de processo
e de construção no exercício da relação dos pais com os filhos. Apesar de as
dimensões inerentes ao parentesco terem sido estudadas por outras áreas do
saber, como a antropologia, a filosofia e a sociologia, é no campo da
psicologia e da psicanálise que podemos encontrar uma vasta pesquisa referente
aos processos psíquicos e mudanças subjetivas produzidas nos pais a partir do
desejo de ter um filho.
Se
fizermos uma breve retrospectiva histórica, podemos observar que nas sociedades
tradicionais as relações de aliança eram estabelecidas em função do patrimônio
familiar, mas a partir do século XVIII, com o discurso iluminista e com a
importância do romantismo, o amor entre casais e entre pais e filhos é
priorizado e as alianças conjugais passam a ser estabelecidas com base no afeto
e não mais como arranjos externos, que não levavam em consideração as escolhas
individuais. O amor entre pais e filhos é fortemente marcado pela noção de
educação e a formação das crianças torna-se um fator importante para o
desenvolvimento de um país e garantia de uma sociedade saudável.
Como
assinala P. Julien (2000), a modernidade introduz uma disjunção entre o público
e o privado e entre a conjugalidade e a parentalidade. Os arranjos familiares
não dependem somente da parentalidade, mas sim do desejo entre casais de
estabelecerem relações íntimas. Neste contexto, as relações conjugais são
mantidas no espaço privado e dependem somente do desejo de cada um dos
cônjuges. No entanto, quando este casal ou indivíduo decide ter filhos, o
espaço público invade o espaço privado da conjugalidade, organizando as
relações de parentesco e definindo as responsabilidades dos pais e do estado em
relação às crianças. Como exemplo, podemos citar o caso da adoção que coloca a
parentalidade submetida às regras de seleção impostas pelo poder público como
uma maneira de assegurar às crianças pais adotivos "suficientemente"
adequados à função. A argumentação do autor é que esta disjunção, aliada ao
declínio da função paterna e a uma pluralização das referências simbólicas,
coloca sobre o casal parental ou família de origem a responsabilidade de
transmitir às gerações futuras os elementos fundadores de sua constituição
psíquica.
Parte do meu Projeto de Pesquisa se encontra protegido na Biblioteca Nacional e está no meu Currículo Lattes do CNPQ. Plágio é crime.
(Percebi a entrada de um mesmo IP várias vezes nesse BLOG, por questão de segurança, retirei parte do conteúdo do trabalho).
Ao
considerar que a Psicanálise é uma prática de análise da Psique Humana e que o
cinema joga com as leis da linguagem que Freud descreve como mecanismo fundamental
na elaboração onírica*, sendo conteúdos encobertos, mostra-nos estruturas
recalcadas que tentam emergir como um disfarce verdadeiro dos sonhos. O
trabalho do sonho é a passagem do oculto ao manifesto. Basicamente podemos
dizer que o conteúdo oculto é algo semelhante a um impulso e o conteúdo
manifesto é uma imagem visual. Finalmente, o conteúdo manifesto¹ é uma fantasia
que simboliza o desejo ou impulso latente². Trata-se de uma fantasia, que
consiste essencialmente na satisfação do desejo ou impulso velado, ou seja, sonho
e cinema jogam com o imaginário do ser humano. (1900; em Freud – A
Interpretação dos Sonhos, vol. IV p.131 na Ed. Bras.).* (1916 -1917, p. 206).
No
sonho existe um conteúdo manifesto e um latente. O latente mostra-nos
estruturas recalcadas que tentam emergir, ou seja, é o verdadeiro sonho, e o
manifesto é o sonho quando o sujeito conta, sendo um disfarce do sonho. Então o
primeiro é o inconsciente e o segundo é o consciente, é uma imagem visual, é
uma fantasia que simboliza o desejo que foi satisfeito através do sonho,
trata-se de uma satisfação parcial das nossas estruturas primitivas; Freud o chama
de conteúdo latente e que tem como objetivo iludir as defesas do ego. Quando
manifestado, lembramos-nos de breves cenas, como as cenas de um filme, cena em
cena, passando pelos nossos olhos. (Freud, 1916 – 1917, p. 218).
O
sonho é um lugar do desejo, da identificação e da projeção. A instituição
Cinema e todo o aparato da cultura industrializada que gira em seu entorno
representam um poderoso instrumento de hegemonia cultural. Ao comporem uma
determinada dinâmica de vida entre as pessoas, os filmes também participam na
formação de valores éticos e juízos de preferências, nesse sentido, portam uma
faceta emocional e histórica.
*A Psicologia dos Processos oníricos
(cap. VII p.541) in Obras Completas de Sigmund Freud: Ed. Standard brasileira.
Vol. V Rio de Janeiro: Imago Ed. 1996.
¹ Fachada
zero O significado, o despistar o
superego.
Na
sociedade contemporânea, eles concretizam práticas filosóficas e psicológicas
pelas personagens terem relação intrínseca com o indivíduo que sonha, pois é
ele quem elabora suas ações por processos psíquicos inconscientes.
Na
situação fílmica às vezes o espectador se projeta, identifica, torce por eles e
recria os acontecimentos. Conjecturando, o mesmo pode construir ou desconstruir
de acordo com a assimilação de sensibilidades e conhecimentos. Tendo como
parâmetro o filme “A Queda! As Últimas Horas de
Hitler” do diretor “Oliver
Hirschbiegel”, percebemos que se trata ainda de uma dicotomia que
carrega consigo uma consequência muito séria, concordando com as palavras do
historiador John Lukács, para quem a definição de Hitler como louco exonera-o
de toda responsabilidade, levanto a hipótese de que ele, em sua alienação autoimposta,
para a qual o Bunker é uma metáfora tão perfeita quanto simples, é
encenado como alguém incapaz para comandar seus aliados, por motivos físicos e
psicológicos; aparentemente o espectador “observa” as cenas por um buraco de
fechadura.
Adolf
Hitler “estava”¹, “alienado”², era uma pessoa incapaz, segundo alguns trabalhos,
e críticos sobre este filme. A teoria psicanalítica nos adverte que a
construção de uma teoria que diga respeito à “realidade”, o que é importante
não é a diferença entre o que é da ordem do visível ou do invisível, mas sim, a
diferença entre o olho e o olhar. O que se pretende dizer com isso é que a
função de ver, não está relacionada apenas com os olhos, mas como olhamos as
coisas. Para Kant, a estética é o compromisso entre a natureza e a liberdade.
Segundo a “Crítica da Razão Prática”, ele se refere aqui a “natureza humana”,
apesar de acreditar que seja algo de “subjetivo”, existem os componentes
racionais da estética, ou seja, as cognições³, que são fundamentais para
alterar a crítica de juízos. É esse olhar que estou mencionando, é essa identificação
que estou me apegando.
¹ Não utilizado, o verbo no passado, “ser”, por apresentar-se
como qualidade ou característica habitual. Usa-se seguido do particípio
passado, para formar a voz passiva. Entende-se, como pessoa que é que foi um
ente humano e por toda a sua existência.
² De forma geral tornou-se popular para
descrever um distanciamento entre os indivíduos e a realidade, onde o mundo se
torna cada vez mais estranho e exterior, em contraste com a visão do selvagem
que viveria em proximidade e equilíbrio com a natureza. Também é aquele que
perdeu o controle sobre o próprio destino e que não enxerga a realidade como
ele é, mas através de fantasias, alienado não é um ou outro, somos todos nós,
que dependemos de um sistema exterior que não compreendemos.
“para Kant, estabelecemos as nossas
próprias regras do que é belo, a partir da crítica dos juízos, isso significa
que o belo, está relacionado com a época, a cultura, e com a nossa
aprendizagem”.
Cognição – Ato de processo de conhecer
inclui estados mentais e processos como pensar, a atenção, o raciocínio, a
memória, o juízo, a imaginação, o pensamento, o discurso, a percepção visual e
audível, a aprendizagem, a consciência, as emoções.
Durante a Segunda Guerra Mundial,
depois que os nazistas bombardearam várias vezes o Gueto de Varsóvia, na
Polônia, Rebecca, de 13 anos, e David, de 14, haviam-se escondido em meios aos
destroços.
Era inverno e fazia muito frio.
Durante semanas, Rebecca não se atrevera a sair dos escombros, apesar da
escuridão, enquanto David aventu-
rava-se de vez em quando a ir em
busca de comida. Todas as lojas haviam sido destruídas durante os bombardeios,
mas algumas vezes David conseguia trazer algum pão envelhecido ou comida
enlatada. Assim, eles iam sobrevivendo e marcando os dias a partir do primeiro
em que se haviam escondido.
David sabia que sair dos
escombros e circular pelas áreas controladas pelos nazistas era perigoso, mas
sabia também que se não se arriscassem, acabariam morrendo de fome. Assim, dia
a dia, aventurava-se pelos becos e ruas.
Um dia, um dos mais frios até
então, David saíra. Sentada em um canto, encolhida e assustada, Rebecca
aguardava o retorno de seu amigo. Subitamente, ouviu o sons de uma respiração.
Era David que chegava.
Após acalmar sua amiga, David
sussurrou: "Rebecca, eu encontrei um tesouro". Em seguida,
mostrou-lhe uma porção de queijo, batatas, cogumelos secos e um pacote de
balas, acrescentando: "Há mais uma surpresa, mas só vou mostrar-lhe mais
tarde".
Após se alimentarem, David disse
a Rebecca: "Você sabe que hoje é o primeiro dia de Chanucá e eu encontrei
uma vela e alguns fósforos". Assim dizendo, o menino arrumou a vela,
orando e, em seguida, acendeu-a. Pela primeira vez desde que haviam-se escondido
nos escombros, os dois olharam-se no rosto e conseguiram enxergar um ao outro.
Apesar de sua pouca idade, haviam prometido que, se conseguissem sobreviver, um
dia se casariam.
Ambos haviam perdido suas
famílias. Ambos tinham muitas razões para estar zangados com D'us, por estarem
enfrentando tantas tragédias, mas a luz da vela trouxe paz aos seus corações e
a suas almas. Aquela pequena luz, cercada por tantas sombras, parecia trazer-lhes
uma mensagem: o demônio não havia dominado tudo e ainda havia um resto de
esperança.
Várias vezes os dois jovens
haviam pensado em fugir de Varsóvia, mas não sabiam como. O gueto estava
cercado pelos nazistas dia e noite. Rebecca, principalmente, sempre hesitara em
tomar a decisão de fugir, mas David sabia que suas chances de sobrevivência
eram cada dia menores, caso permanecessem na cidade. Agora, iluminada pela
chama da vela, Rebecca disse a David: "Vamos partir".
"Quando", ele perguntou-lhe. E ela: "Quando você achar que é o
momento exato". E David afirmou: "O momento exato é agora".
Assim, os dois amigos
prepararam-se para partir. David explicou a Rebecca qual era o seu plano e
quais as chances que tinham de sobreviver. Disse-lhe que deveriam andar em meio
a destroços, esconder-se nos esgotos, provavelmente infestados de ratos, e
talvez congelar até a morte. Mesmo assim, a menina não desistiu e eles
partiram.
Em momentos de grande perigo, às
vezes as pessoas descobrem que sua coragem é maior do que imaginavam e foi
exatamente o que aconteceu com Rebecca e David. Ele foram obrigados a passar
pelos esgotos, por caminhos tão estreitos que eram forçados a se ajoelhar e
andar bem abaixados. Mas os alimentos ingeridos em Chanucá e a alegria por terem
celebrado a festa levava-os a prosseguir, até que pelos sons que ouviam do
exterior perceberam que haviam alcançado o outro lado do gueto. Agora, deveriam
sair dos esgotos e deixar a cidade o mais rápido possível.
Muitos milagres pareciam estar
acontecen- do naquela noite de Chanucá. Por receio de ataques aéreos dos
aliados, os nazistas haviam ordenado um blecaute total na área. Por causa do
frio, era menor o número de guardas da Gestapo nas ruas. Assim, os dois jovens
conseguiram chegar até a floresta mais próxima para descansar e se alimentar.
David e Rebecca levaram uma
semana para conseguir encontrar os membros da Resistência, os partisans, que
lutavam contra os nazistas. Em sua viagem, recebiam ajuda de camponeses até que
em um povoado encontraram um membro da organização clandestina Haganá, que
viera de Eretz Israel para resgatar os judeus que fugiam das perseguições
nazistas. Este jovem combatente levou-os ao encontro de outros refugiados
escondidos na floresta. Era o último dia de Chanucá e, naquela noite, todos
acenderam as oito velas. Enquanto alguns jogavam com um dreidl outros permaneceram
em vigília.
A vida de David e Rebecca mudou
completamente desde o momento em que se juntaram aos membros da Haganá e a
outros judeus que tinham um único objetivo: estabelecer-se em Eretz Israel. A
viagem até seu destino nem sempre foi fácil. Atravessaram a Checoslováquia, a
Hungria e a Iugoslávia, onde um pequeno barco os esperava para levá-los a seu
novo lar. O silêncio e o segredo eram essenciais, pois os nazistas ocupavam a
Iugoslávia.
A travessia por mar foi marcada
pelo perigo. Os refugiados temiam os submarinos e os aviões alemães e nada
podiam fazer além de rezar. D'us ouviu suas preces e levou-os a Eretz Israel em
segurança, onde foram recebidos com amor e alegria, esquecendo-se,
gradativamente, dos sofrimentos na Europa.
Rebecca e David encontraram
parentes em Israel, que os acolheram e ajudaram a reconstruir sua vida.
Estudaram em escolas onde aprenderam o hebraico e, mais tarde, na faculdade.
David formou-se em Engenharia, em Haifa, e Rebecca em Literatura e Línguas, em
Tel Aviv. Enquanto estudavam, continuaram a se encontrar nos finais de semana,
até que se casaram.
Eles me contaram a sua história
em uma noite de Chanucá, em sua casa, em Ramat Gan. As velas estavam acesas na
chanuquiá e Rebecca estava fazendo sufganiot (sonhos). David e eu estávamos
jogando dreidl com seu filho, Menashem Eliezer, assim chamado em homenagem a
seus avós. David então me contou que aquele dreidl de madeira com o qual
estávamos jogando era o mesmo utilizado pelos partisans naquela noite na
floresta polonesa.
Rebecca então me disse: "Se
não fosse por aquela pequena vela que David trouxe ao nosso esconderijo, nós
não estaríamos sentados aqui hoje. Aquela pequena luz despertou a nossa
esperança e uma força que não sabíamos possuir. Daremos este dreidl a Menashem
Eliezer quando ele for maduro o suficiente para entender o que nos aconteceu e
como milagrosamente fomos salvos".
Caso queiram assistir mais alguns filmes sobre a segunda Guerra:
"Meu dizer que o inconsciente é estruturado como uma linguagem não é do campo da lingüística. " JACQUES LACAN. Todos os Créditos de Pesquisa para Nadiá Paulo Ferreira
Doutora em Letras; Psicanalista do Corpo Freudiano do Rio de Janeiro - Escola de Psicanálise; Professora titular de Literatura Portuguesa da Uerj.
Logo que terminei a graduação, fui convidada por um dos meus professores para dar aula com ele sobre o Estresse, confesso que fiquei surpresa, o Prof. Candido da Universidade de Guarulhos.
Com as aulas montadas fui eu naquele final de semana assistir boa parte das aulas, aprender e evidente ministrar uma aula.
Me lembro daquela apostila muito bem feita e do que ele falava, foi impressionante, porque usamos com uma frequencia a palavra estresse para quase tudo.
Se por qualquer razão estivermos irritados com alguém, ou o transito estava mais carregado, soltamos a frase básica, me deixe quieta porque "hoje estou estressada"! Se tornou tão costumeiro, usual, utilizar, que nem mesmo paramos para avaliar o que é o estresse, a magnitude que envolve essa doença o tamanho dela, quais as consequências que pode trazer para uma pessoa, quando ela realmente está acometida com um quadro de estresse.